Bela capa da programação cultural de São Bernardo deste mês. Não tenho certeza dos créditos, informarei se descobrir.
Neste mês de abril que já finaliza, talvez a notícia mais importante deste ano, e de tantos outros passados, seja a divulgação do Relatório Figueiredo, ainda que no momento quase não se fale a respeito. Tal documento promete ser uma luz sobre o nosso obscuro e feio passado nas questões indígenas. Trechos do relatório fazem perder a esperança no homem, (ainda há esperança?)... aos poucos a imprensa vem divulgando:
MATÉRIA NO JORNAL DO BRASIL
MATÉRIA NO CORREIO BRASILIENSE
A programação cultural de São Bernardo promoveu novamente o encontro com autoridades em algumas questões indígenas:
No dia 15/04 o professor Ms. Rafael Pansica apresentou um pouco do pensamento mítico dos yaminawa acerca da caça e dos animais. "À nossa imagem e semelhança", título da palestra, já adianta algo daquele pensamento destacando que as bases do relacionamento homem x animal acontecem de maneira muito mais igualitária que a dos não-índios. Tratar bem um animal de estimação não é tê-lo como um igual.
E no dia 16/04 o professor Dr. Rafael José de Menezes nos convidou a conhecer a Amazônia, pelo menos uma meia dúzia de vezes destacou como fundamental conhecer, vivenciar a Amazônia... realmente não se compara um estudo, leitura, um som ou vídeo, da experimentação com todos os sentidos de um outro universo para o homem urbano. Mas além disso, explicou como a música expressa um valor ritualístico, histórico, além de realizar uma integração espírito-corpo, carregado de significações. De modo geral, nas sociedades indígenas das terras baixas da América do Sul a música é parte do ritual, sagrada e realiza uma conexão do espiritual com o material integrando-os. Tradução do verbo em corpo.